Startups do Supera ganham prêmio em inovação médica

As empresas garantiram o segundo, terceiro e quinto lugar no BioStartup Lab

Iniciado para fomentar novas ideias para as áreas de ciências da vida, o prêmio BioStartup Lab foi uma plataforma para duas startups do Supera Parque em Ribeirão Preto. Das 250 empresas participantes, as três startups se destacaram entre as cinco primeiras.

Fundado em parceria entre a Agência USP de Inovação, Biominas Brasil, e a Interfarma, o prêmio permitiu projetos de agronegócio, saúde, meio ambiente, digital health e saúde mental.

O programa de aceleração do BioStartup permitia a todos os participantes o teste e aplicação de seu produto principal. Com a presença de diversos especialistas o programa ajudava no desenvolvimento de um modelo de negócio, encontrar um mercado, além de auxiliar na captação de recursos e gestão de negócios.

Carolina Caliari, fundadora da In Situ Terapia Celular, disse que o maior ganho com o resultado foi a visibilidade que o prêmio trouxe. “O prêmio traz muita visibilidade, pois entramos em contato não só com as empresas latino-americanas, mas também do mundo inteiro”, revelou.

Carolina Caliari e a In Situ Terapai Celular conquistar a segunda colocação (Foto: Auspin)

A In Situ Terapia celular usou de uma técnica de bioimpressão 3D para fabricar  biocurativos contendo células-tronco, que serão utilizados no tratamento de pacientes com úlcera crônicas e queimaduras graves.

O aumento de prêmios ajudam o desenvolvimento de inovações e na inserção da Universidade dentro da sociedade. “Mostra o aumento da inovação no país e como é cada vez mais comum a transposição de nossos conhecimentos a respeito de inovação para a Universidade”, conclui Carolina Caliari.

Outros premiados

Com a terceira colocação, a proposta da Signal foi desenvolvida dentro da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP). O projeto do professor Cláudio Costa Neto e do mestrando André Bálico, trabalhou no desenvolvimento de moléculas com atividades diferenciadas, chamadas de seletividade funcional para CPCRs (recebedores acoplados para proteína G).

A esquerda André Bálico, e a direita professor Cláudio Costa Neto (Foto: Auspin)

A partir dessas moléculas, que interagem com as proteínas da célula ao invés de bloqueá-las, foi desenvolvido fármacos que devem ser testados para sua efetividade no mercado. “Algumas dessas moléculas encontram-se em fase avançada de desenvolvimento, e novas moléculas serão desenvolvidas com o lançamento da proposta”, revelaram os pesquisadores.

A Biopolix, quinta colocada, desenvolveu um bioanéstisico tópico para o uso odontológico junto a professora Claire Vendruscolo. A empresa atua no desenvolvimento de biomateriais, com o lema de criar produtos que são biocompatíveis biodegradáveis e de fonte renovável.

Direita à esquerda, Luisa Vendruscolo, Profa. Geciane Porto e Profa. Claire Vendruscolo (Foto: Auspin)

O nosso maior ganho foi aprender sobre o modelos de negócio e a inserção no mercado de saúde”, afirmou Luisa Vendruscolo, cofundadora da startup. “Obviamente o reconhecimento é muito importante, mas a oportunidade de validar nosso produto na área da saúde foi realmente o nosso maior ganho. O BioStartup Lab foi muito importante no sentido de estar focado na área de biotech e saúde”, conclui.