O que significa hackathon?

Desafio que estimula trabalho em equipe, envolvimento social e tecnologia

HackathonUSP 2018 (divulgação- USPCodeLab)

O termo hackathon vem da junção de duas palavras da língua inglesa: hack, que quer dizer programar com excelência, e marathon, maratona. A maratona de programação, então, reúne hackers por muito tempo, com o objetivo de desenvolver soluções que causem impactos tanto internos (como no caso de uma empresa, por exemplo) quanto externos.

O primeiro hackathon que se tem notícia aconteceu no ano de 1999. Desde então, virou uma prática popular, especialmente nos Estados Unidos, mas que logo se espalharia por diversos países, inclusive no Brasil. Atualmente, muitas empresas como Facebook e Google promovem hackathons com suas equipes por ser um vantajoso caminho para obter novas soluções.

Mas não somente projetos específicos da área da programação fazem parte de um hackathon. Como a maratona foi se popularizando e mostrando ótimos resultados, outras áreas adotaram a prática para trazer melhorias de forma diferente e eficiente.

Segundo João Francisco, estudante do IME-USP e presidente do USPCodeLab (grupo de extensão que tem, entre outros projetos, o compromisso de realizar hackathons), o evento é importante devido ao grande engajamento que causa, tanto pelos projetos criados quanto pela curiosidade dos participantes por programação, muitas vezes recém-introduzidos nesse meio.

Hackathons na USP

Dentro da universidade também são promovidos vários hackathons. O próximo será o InterHack, que acontecerá em agosto. Inspirado no HackathonUSP, iniciativa de alguns grupos de extensão que acontece desde 2016, o InterHack foi criado com a intenção de integrar diversos cantos da universidade. Por isso, o hackathon irá acontecer simultaneamente no Butantã, na EACH, e em São Carlos.

Renato, co-fundador do USPCodeLab e pós-graduando em Ciência da Computação pelo IME-USP.

Entretanto, o InterHack é apenas um dos eventos que a chamada LUH (Liga Uspiana de Hackathons) está preparando. No segundo semestre serão realizados várias outras maratonas, inclusive abertas ao público externo. Os projetos criados, segundo Renato Cordeiro, co-fundador do USPCodeLab e pós-graduando em Ciência da Computação pelo IME-USP, trazem tópicos interessantes do mundo da tecnologia para serem discutidos na nossa sociedade.

Em setembro haverá o HackSBSeg, evento de dentro do Congresso Brasileiro de Segurança da Informação, tratando sobre blockchain, tema em alta principalmente para a Economia.

Outra importante maratona será o SheHacks, um hackathon só para mulheres. A iniciativa pretende estimular a presença feminina nesse tipo de evento, tendo em vista a grande desproporção entre o número de homens e mulheres na área de computação. Em relação ao ano passado, o SheHacks terá como novidade a organização feita também exclusivamente por mulheres.

Hackathons fazem parte da cultura hacker

Para além das maratonas, acontecerá o DeepHack, evento sobre ciência de dados, em parceria com a AUSPIN. “A ideia é criar uma competição baseada em dados do TCE (Tribunal de Contas do Estado), para tentar encontrar quais municípios estão cumprindo com as metas de sustentabilidade da ONU de 2030. Então será uma competição bem diferente, sendo a maior parte dela remota, para que as pessoas possam analisar esses dados e trazer propostas de como identificar e avaliar uma certa meta.”, disse Renato.

“Estamos partindo do princípio que nos acompanha desde quando organizamos o HackathonUSP (nosso principal e maior hackathon), que é criar eventos acessíveis para a comunidade universitária e tentar transportar isso para vários eventos, alguns deles abertos, alguns deles maiores, como o caso do InterHack. E se tudo der certo, no futuro, queremos que a LUH – Liga USPiana de Hackathon, vire Liga Universitária de Hackathons. Queremos que, mesmo no InterHack, outras universidades, alunos de outros lugares também façam parte dos nossos eventos.”, complementou o estudante.

Agora que você já sabe o que significa hackathon, está pronto para participar de um?

Por Gabrielly Borges / Mariana Arrudas

 

Pensando em facilitar o entendimento do mundo tecnológico e de pesquisa, a Agência USP de Inovação está começando com o projeto “O que significa?”.  A cada 15 dias, explicaremos os termos que sempre aparecem por aí, mas nunca entendeu que queria dizer.

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