Centro de pesquisa Embrapii Poli transforma conhecimento em inovação

Para professor, maneira mais rápida de transformar conhecimento em renda é com pesquisador atuando na indústria

Momento USP Inovação desta semana conversa com o professor Rafael Pileggi sobre a atuação da Unidade Embrapii – Materiais para Construção Ecoeficiente, da Escola Politécnica (Poli) da USP, na transformação de pesquisa em conhecimento aplicado. A Embrapii é a Associação Brasileira de Pesquisa e Inovação, desenvolvida pelo governo federal, e suas unidades buscam aproximar os Instituto de Ciências e Tecnologia (ICT) ao setor industrial. 

A Embrapii – Materiais para Construção Ecoeficiente é a primeira unidade aqui na USP. O professor Rafael Pileggi explica que qualquer ICT, seja ele uma universidade, instituto de pesquisa ou laboratório privado, pode concorrer aos editais para tornar-se uma Unidade Embrapii. Os critérios de avaliação são extremamente técnicos, o ICT selecionado ganha status de centro de excelência em sua área de atuação.

Segundo o professor Pileggi, parte da dificuldade enfrentada pelo setor industrial brasileiro é a falta de investimento em inovação. “O Brasil é bom em pesquisa acadêmica, tem uma indústria eficiente e competitiva, mas a transformação do conhecimento em inovação não é feita.” Vencer essa barreira é fundamental para o desenvolvimento do setor, expõe.

Fomentar a inovação, ganhar competitividade como país e diminuir o risco de investimento em novas soluções das empresas são alvos claros das unidades Embrapii. Além disso, a criação de recursos para fixar acadêmicos em um ambiente de desenvolvimento tecnológico é indispensável, ressalta Pileggi. “A indústria precisa se acostumar com o pesquisador atuando na ponta. Porque essa é a maneira mais rápida do conhecimento virar produto e gerar renda.”

Apesar de funcionar na Poli, a Embrapii  atende todo o Brasil no desenvolvimento de soluções para o setor de construção. A unidade atua, especificamente, em soluções para diminuir o impacto ambiental e melhorar a ecoeficiência das habitações. Com autonomia perante o governo federal, o processo de aprovação dos projetos é realizado na própria unidade.

Por  – Editorias: AtualidadesRádio USPJornal da USP no Ar

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