Livro do MIT reúne ensaios sobre a inovação no Brasil

Falta de diálogo entre governo, universidades e empresas emperra avanços na inovação, diz Glauco Arbix

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Está sendo lançado nesta semana o livro Innovation in Brazil: Advancing Development in the 21st Century (Inovação no Brasil: Avançando o Desenvolvimento do século XXI) escrito por pesquisadores do MIT e brasileiros. Hoje acontece a sessão de lançamento, no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM), às 18h30. O capítulo “Innovation policy in Brazil since 2003” (Política de Inovação no Brasil desde 2003) é de autoria do professor Glauco Arbix, do Departamento de Sociologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP e coordenador do Observatório da Inovação e Competitividade (OIC) do Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP. Por enquanto, a obra está disponível apenas em língua inglesa, mas logo será traduzida para o português. O Jornal da USP no Ar conversou com o professor Arbix sobre a inovação no Brasil.

Innovation In Brazil reúne análises sobre políticas públicas em ciência e tecnologia no País

O professor conta que a elaboração do livro durou mais de cinco anos e envolveu cerca de 100 colaboradores de todo o mundo. A obra traz um diagnóstico da inovação no País, além de uma série de propostas. Segundo Arbix, “o Brasil não deve muito para praticamente nenhum do mundo em termos de instrumentos”. No entanto, o País possui problemas históricos e estruturais: “A relação entre as universidades e as empresas é mal estabelecida no Brasil”, aponta o professor. Essa falta de diálogo acaba gerando um quadro não amigável à inovação.

Outra problemática é a suspensão dos planos de inovação nas crises econômicas. Como a inovação é financiada, majoritariamente, pelo governo através das pesquisas feitas nas universidades, os recursos acabam deixando de fluir em momentos de recessão. “Educação, ciência, tecnologia e inovação não podem parar em nenhum lugar do mundo”, discorre Arbix, e acrescenta: “Não há país desenvolvido que conseguiu alcançar qualidade de vida sem educação. Você precisa ter prioridade! Saber o que pode ser cortado e o que não pode ser”.

Informações Jornal da USP.

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