Abertura do SciBiz 2025 reafirma importância do evento em discussões sobre inovação e sociedade

Este ano, a conferência debate deep techs, urgência climática, transição energética e sustentabilidade

Reg. 016-25 SciBiz COP30. 2025/06/16 Foto: Marcos Santos/USP Imagens

Na abertura de sua 8ª edição, o SciBiz Conference, maior feira de conexão entre negócios e ciências da América Latina, recebeu autoridades do governo federal e de universidades paulistas para discursarem sobre a importância do evento. A solenidade foi realizada no auditório do Centro de Difusão Internacional da USP, na última segunda-feira (16).

O Coordenador Geral do SciBiz e Diretor-Presidente do Fundo Patrimonial da USP, o professor Moacir Oliveira, foi o primeiro a falar. Ele agradeceu a todos os presentes e destacou que a grande quantidade de inscritos, mais de 1200, corrobora a importância do evento. “Cada vez mais temos a noção de que o impacto da universidade na sociedade precisa ir além da formação. Precisa se transformar em produtos e serviços que cumpram os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU”, afirmou.

Reg. 016-25 SciBiz COP30. 2025/06/16 Foto: Marcos Santos/USP Imagens

A Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária (FEA) da USP, foi representada por sua diretora, Maria Dolores Montoya. A professora comemorou a inauguração do CEPID (Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão) Bridge na instituição. O centro tem como objetivo desenvolver metodologias, ferramentas e tecnologias em soluções inovadoras para mitigar os desafios sociais e ambientais nos eixos da urgência climática, desigualdade e desindustrialização. O programa pertence à Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).

A vice-reitora da USP, Maria Arminda do Nascimento Arruda, foi a última autoridade da universidade a se dirigir ao público. Ela salientou o esforço honorável da USP de construir uma discussão em torno da inovação, pesquisa e iniciativas sobre o meio ambiente e o conjunto de ações tomadas nos últimos anos para fomentar o surgimento de deep techs e startups no ambiente universitário. “A sociedade exige uma compreensão multidimensional [da urgência climática] e é nesse cenário que a USP tenta construir relatórios sobre as consequências para o meio ambiente e criar tecnologias mais eficientes e capazes de mitigar a crise climática”, afirmou. “[Precisamos] preparar as gerações futuras. E o que isso significa? Preparar as novas gerações implica oferecer uma formação ampla, [que não seja] apenas estritamente acadêmica e profissional”, completou.

Vice-reitora discursa sobre importância da USP para sociedade – SciBiz COP30. 2025/06/16 – Foto: Marcos Santos/USP Imagens

Ela ainda disse que o debate ambiental e científico tem sido um marco da atual gestão, que realizou o USP Pensa Brasil, em 2024, evento que debateu mudanças climáticas, desenvolvimento verde e desigualdades sociais. “Temos uma grande responsabilidade, que sela o compromisso social que guia as políticas da universidade. Vivemos o desafio de pensar em políticas públicas de base científica e tecnológica e de formar pessoas críticas a respeito das artes e da tecnologia” encerrou a vice-reitora.

Além das universidades

André Carlos Busanelli de Aquino, Diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (SCTI) do estado de São Paulo, explicou algumas das ações tomadas nos últimos anos referentes à política pública de inovação paulista. “Uma das grandes ações que fazemos é fomentar o Sistema Paulista de Ambientes de Inovação (SPAI)”, afirmou. O programa foi criado para incentivar investimentos em inovação no estado para mensurá-los e comunicar o impacto ao público. Outra iniciativa é o PATEM (Programa de Apoio Tecnológico aos Municípios) que apoia cidades que enfrentam dificuldades técnicas e falta de recursos para desenvolver projetos e serviços essenciais.

O diretor informou que, este ano, acontecerá a atualização do Plano Diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação de São Paulo, que interfere em todas as políticas públicas referentes ao tema. O objetivo central é a criação de um roadmap que instrua grandes projetos e por esta razão a participação pública durante as consultas é essencial. Na última parte de sua apresentação, André Carlos mostrou o Distrito de Inovação de São Paulo, área urbana dedicada à pesquisa e inovação resultante da colaboração de organizações de alto desempenho em ciência e tecnologia, localizadas na zona oeste da cidade de São Paulo. 

Ministro Márcio França destaca novas oportunidades oferecidas pelo governo federal – SciBiz COP30. 2025/06/16 Foto: Marcos Santos/USP Imagens

A solenidade foi encerrada por Márcio França, ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte. Em sua fala, a autoridade disse que, “nos tempos atuais, nem sempre os assuntos ligados à ciência, tecnologia e pesquisa são privilegiados” nos planos e na sociedade, pois vivemos em tempos estranhos. “[Fechamos] uma parceria com o grupo Genoma para o lançamento de editais para que startups tenham mais tempo de vida e prosperem, já que muitas fecham as portas em pouco tempo”, afirmou. “Agora, estamos na fase do nosso ministério contribuir financeiramente para o desenvolvimento de negócios no Brasil”, finalizou.

A mesa de abertura também contou com a presença de André Luiz Costa, Gerente Regional do SEBRAE-SP; de Roberto Sbragia, diretor-presidente da Fundação Instituto de Administração (FIA) de São Paulo e Suzan Pantaroto, Pró-Reitora Adjunta de Pós-Graduação e Pesquisa da UNIFESP.

 

Por Julia Martins*

*Estagiária sob supervisão de Ronaldo Nina

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