Na última quarta-feira, 16 de abril, a Sala de Ideação do Centro de Inovação da USP recebeu a visita da Pharnex, uma plataforma chinesa, localizada em Shanghai, que conecta mais de 25 mil empresas do ramo farmacêutico.
A abertura do evento foi realizada por Luiz Henrique Catalani, coordenador da AUSPIN, que agradeceu a presença de todos e salientou a importância do estreitamento da união entre Brasil e China. Catalani apresentou o ecossistema de inovação da USP e destacou os centros de pesquisa, as incubadoras e os parques tecnológicos espalhados pelos campi.
Catalani apresenta os investimentos em inovação e empreendedorismo na USP – Foto: Ronaldo Nina/Auspin
Em seguida, foram apresentadas três unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII) vinculadas à USP. A primeira foi a Unidade EMBRAPII Integrada de Descoberta e Desenvolvimento de Fármacos da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, que tem como objetivo desenvolver projetos de PD&I em parceria com empresas farmacêuticas e startups para o desenvolvimento de fármacos e biofármacos e testes para determinar a resistência dos pacientes a certos tratamentos.
Depois, o professor Lucio Freitas Junior apresentou alguns dos projetos desenvolvidos na EMBRAPII CEINFAR do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP. Ele destacou o uso da triagem fenotípica (phenotypic screening), técnica utilizada para avaliar a atividade antiviral de células infectadas, para a descoberta de medicamentos para a Covid-19, dengue, febre amarela, chikungunya, entre outras.
A última foi a Unidade EMBRAPII de Insumos Químicos e Bioquímicos Sintéticos do Instituto de Química da USP (IQSint-USP). O professor Koiti Araki pontuou as principais pesquisas desenvolvidas nas áreas de bioativos derivados de produtos naturais e adjuvantes farmacêuticos baseados em nanomateriais.
A USP conta com 9 unidades EMBRAPIIs espalhadas pelos campus – Fotos: Ronaldo Nina/Auspin
Indústria farmacêutica na China
O evento também contou com duas apresentações da comitiva chinesa. A primeira foi a Shanghai Kezx Biotechnology Co. Ltd., uma empresa de alta tecnologia focada na exploração de novos produtos bioquímicos e descobertas na área da química orgânica. As pesquisas recentes do grupo envolvem o desenvolvimento de vacinas, análises de nanopartículas lipídicas e RNA mensageiro, entre outras.
A última apresentação foi da Global Pharma Navigator (GPN), uma plataforma responsável pela conexão entre farmacêuticas chinesas com o restante do mundo. O representante do grupo explicou que o modelo da GPN consiste na construção de ecossistemas regionais, equipados com recursos tecnológicos, dotados de capacidade de produção e capazes de fornecer e receber cooperação tecnológica.
O modelo está presente em 31 províncias chinesas, onde o núcleo da GPN atua como intermediário entre as empresas chinesas e o mercado internacional. O objetivo é romper a cadeia global do setor farmacêutico e proporcionar a cooperação entre as farmacêuticas da China e de outros países. O representante da GPN salientou que o ecossistema do Brasil é um dos mais importantes para o país.