Plataforma colaborativa criada na USP quer popularizar ciência

Pesquisadores podem contribuir para a Ilha do Conhecimento com conteúdos relacionados ao meio acadêmico e científico

Plataforma pode ser utilizada por pesquisadores, professores e especialistas de diferentes áreas – Foto: Reprodução

Criado por alunos da USP, o projeto Ilha do Conhecimento é uma plataforma colaborativa na qual professores, pesquisadores e especialistas de diversas áreas podem compartilhar assuntos do meio acadêmico e científico em linguagem acessível ao público. A ideia é que o conhecimento gerado nas universidades e instituições de pesquisas chegue a mais pessoas.

No texto Estudando a evolução das tartarugas com moldes de cérebros, por exemplo, o estudante de doutorado Gabriel de Souza Ferreira adapta e explica o conteúdo de um artigo científico publicado em uma revista internacional no qual colaborou. Além de contribuir com a plataforma, Ferreira é responsável pela manutenção de conteúdo. “Na Ilha do Conhecimento qualquer um que tenha afinidade e conhecimento em um tema científico pode contribuir, independentemente da instituição que representa”, explica.

Ilha do Conhecimento busca a popularização da ciência – Foto: Reprodução

Os idealizadores do projeto, Eduardo Domingues Borges, Caio M.C.A. de Oliveira e Paula Verzola Olivio, acreditam que o acesso à ciência e o seu processo de construção são um meio de conscientização e transformação das pessoas. Eles são ex-alunos do curso de Ciências Biológicas da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP.

A analogia do conhecimento como uma ilha teve inspiração na obra A Ilha do Conhecimento: Os Limites da Ciência e a Busca por Sentido (Editora Record), do físico, astrônomo, professor e escritor brasileiro Marcelo Gleiser.

“Ilha do Conhecimento é a representação de todo o nosso conhecimento como uma ilha rodeada pelo vasto oceano do desconhecido. Conforme descobrimos algo sobre o mundo ou sobre nós mesmos, expandimos nossa ilha e avançamos em direção ao que não conhecemos. Ao expandirmos a área da nossa ilha aumentamos o perímetro que a delimita, estendendo nossa fronteira com o oceano do desconhecido. Assim, quando aprendemos ou descobrimos algo novo não nos aproximamos de uma resposta única, definitiva ou universal, e sim percebemos que existem cada vez mais perguntas a serem feitas, novas e mais pertinentes”, dizem os idealizadores.

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