Inova USP terá rede multidisciplinar com quatro núcleos

Novo centro de pesquisa da USP começa a funcionar no 2º semestre

Sylvio Roberto Accioly Canuto, Pró-Reitor de Pesquisa participa do momento USP Inovação na Rádio, com apresentação de Verônica Lopes e comentários de Roxane Ré – Foto: Marcos Santos/USP Imagens

O Momento USP Inovação desta semana entrevistou o pró-reitor de pesquisa da USP, professor Sylvio Roberto Accioly Canuto, que falou sobre o cenário de pesquisa na Universidade para o avanço no campo científico, tecnológico e social do país.

Segundo o pró-reitor, a pesquisa na USP, que é de excelência, tem ido muito bem, além de ser bastante diversa na sua amplitude de temas, onde há pesquisa de ponta em todas as áreas do conhecimento. Hoje, o Brasil ocupa a 12ª posição em termos de publicação  no cenário mundial. A USP, atualmente, produz 20% do conhecimento nacional. No aspecto qualitativo, é importante pontuar que várias áreas têm melhorado muito e adquirido maior visibilidade no cenário internacional. Visibilidade essa que é medida pelo impacto que as publicações científicas geram.

Sobre as formas de financiamento e fomento à pesquisa, Sylbio Accioly comenta que, até 20 anos atrás, existia uma dependência muito grande de verbas federais e estaduais, que vinham, por exemplo, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), órgão ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). Hoje, há claramente uma tendência de se descentralizar e procurar o setor industrial para fazer financiamentos, o que também é facilitado para a USP, que já possui esse contato.

Ele comenta o fato de que uma parte da produção científica mundial hoje não é mais o que era antes, em que existia uma única área  melhor desenvolvida. Agora, as questões são colocadas como problemas, que não são monodisciplinares e envolvem muitas áreas. Ao buscar soluções para esse problema, é necessário ir em busca de parceiros que também estejam interessados nesse mesmo aspecto. O Inova USP, novo centro de inovação da Universidade, terá quatro núcleos e trabalhará nesse formato multidisciplinar. A agência, que deve começar a funcionar a partir do 2º semestre, é fruto de uma parceria da USP com o Instituto Pasteur e a Fiocruz.

O professor fala ainda sobre a Agência USP de Inovação (AUSPIN), que, além de ser um diferencial muito importante para estabelecer parcerias com empresas, também auxilia nos processos internos de formalização dos convênios. Há ainda o programa Conexão USP, no qual parceiros apresentam suas demandas para que sejam identificados pesquisadores da Universidade. “Eu diria que há um horizonte para pesquisa e inovação e eu acho que esse é um caminho que deve ser trilhado”, conclui o pró-reitor.

O podcast “Momento Inovação” vai ao ar toda quarta-feira, às 8 horas, dentro do Jornal da USP no Ar, com produção e apresentação de Verônica Lopes na Rádio USP FM (93,7 Mhz em São Paulo e 107,9 Mhz em Ribeirão Preto).

Ouça a entrevista na íntegra…

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