USP vence três categorias em prêmio de inovação da Agência Nacional do Petróleo

Premiação reconhece tecnologias e pesquisas inovadoras para o setor de petróleo, gás natural e biocombustíveis

Prêmio ANP de Inovação Tecnológica 2019 foi entregue em cerimônia no Palácio do Itamaraty, Rio de Janeiro – Foto: Divulgação ANP

A ANP entregou, no último dia 28 de novembro, o Prêmio ANP de Inovação Tecnológica 2019. Nas cinco categorias do prêmio, concorreram 147 resultados de projetos de cinco empresas petrolíferas, mais de outras 20 empresas brasileiras de tecnologia e mais de 40 instituições credenciadas com diversas unidades laboratoriais. Dentre os vencedores, a USP ganhou em três categorias em duas áreas temáticas: “Exploração e Produção de Petróleo e Gás” e “Transporte, Dutos, Refino, Abastecimento e Biocombustíveis”.

Criado em 2014, o Prêmio ANP tem como objetivo reconhecer e premiar os resultados associados a projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I), que representem inovação tecnológica para o setor de petróleo, gás natural e biocombustíveis, desenvolvidos no Brasil por instituições de pesquisa credenciadas pela ANP, empresas brasileiras e empresas petrolíferas, com recursos provenientes da Cláusula de PD&I presente nos contratos de Exploração e Produção (E&P).

A avaliação dos vencedores foi feita com base nos critérios de originalidade, relevância, aplicabilidade e funcionalidade da tecnologia, bem como foi considerada a produção científica e tecnológica como critério de desempate.

Plataforma do tipo FPSO – Foto: Prillen via Wikimedia Commons

Dentro da Categoria I, na área temática geral “Exploração e Produção de Petróleo e Gás”, o vencedor foi o trabalho desenvolvido pela Escola Politécnica da USP e a Unicamp, que teve por objetivo uma solução industrial, real e concreta para a captura e armazenamento de dióxido de carbono (CO2) e purificação de metano (CH4), com instalações industriais de tamanho reduzido, nas plataformas FPSO. Como resultados técnicos, já se tem a produção demonstrativa de hidratos em bancada e em piloto, e um projeto da unidade industrial acima de provas de conceitos, com muitas características de projetos básicos, necessário para demonstrar a diferença entre as rotas baseadas em absorção (aminas, líquidos iônicos e outros) ou membranas, e este processo compacto é capaz de atender a toda a produção de gases, sem necessidade de reinjeção nos poços, e sem outras.

Laboratório na USP analisa combustão usando técnicas laser – Foto: Victor Julian Silva
Gomes / RCGI

Já na Categoria II, que também pertencia à mesma área temática da Categoria I, o vencedor foi o Centro de Pequisa para Inovação em Gás (RCGI, sigla em inglês para Research Centre for Gas Innovation), sediado na Poli e que recebe apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). O projeto foi dividido em duas fases: a primeira teve como objetivo primário estudar o desenvolvimento de uma tecnologia para procedimento de armazenamento e descarte de gás natural com alto teor de CO2 em cavernas abertas em rocha salina pelo método de lixiviação por tempo indeterminado (CCS), na região do pré-sal. Numa segunda fase foi estudado o procedimento de extração, por separação gravitacional, de dióxido de carbono presente em grandes quantidades no gás natural produzido nos reservatórios do pré-sal.

Tanque de Provas Numérico – Foto: Marcos Santos / USP Imagens

Por último, na Categoria III, na área temática geral “Transporte, Dutos, Refino, Abastecimento e Biocombustíveis”, o vencedor foi o Tanque de Provas Numérico (TPN) da USP, centro de desenvolvimento multidisciplinar voltado para sistemas marítimos e oceânicos. O projeto ganhador envolveu o desenvolvimento de um Centro de Simulação inovador para a pesquisa e estudo de manobras marítimas, portuárias e hidroviárias. O objetivo foi prover um ambiente completo para o estudo de operações marítimas não convencionais, como atracação a contrabordo, operação offshore multicorpos (perfuração e alívio com suporte de embarcação de apoio, por exemplo) e definição da eficiência de rebocadores em ambientes com fortes agentes ambientais.

Com informações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP)

Informações do Jornal da USP.

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