USP leva inovação e desenvolvimento para Ibitinga

Programa USP Municípios une Universidade e prefeitura para promover economia regional

Estudantes e professores do curso de Turismo da Escola de Comunicações e Artes (ECA) fizeram uma “expedição” na fazenda Voltinha para reconhecer pontos com potencial turístico. (imagem: Cecília Bastos/USP Imagens)

A Universidade de São Paulo chegou até a cidade de Ibitinga, localizada no interior do Estado de São Paulo, a cerca de 360 quilômetros da capital. No dia 2 de setembro, a USP e a Prefeitura assinaram um termo de cooperação técnica para a implantação do Programa USP Municípios, em cerimônia realizada na Câmara de Vereadores da cidade.

“A essência do USP Municípios é promover o desenvolvimento econômico regional, com a geração de renda e de emprego. Este é um projeto abrangente e transversal, que passa por todas as áreas da Universidade. Os munícipes têm de estar envolvidos para entender a lógica do programa, para que tenhamos mecanismos para desenvolver ações permanentes”, explicou o vice-reitor da Universidade e coordenador-geral do programa, Antonio Carlos Hernandes.

Cerimônia de Assinatura do Termo de Cooperação entre a Prefeitura Municipal da Estância Turística de Ibitinga e a Usp, visando ações no Programa USP Munícipios com o reitor Vahan Agopyan, vice reitor Antonio Carlos Hernandes, a prefeita Cristina Arantes, José Aparecido Rocha(presidente da Camara), Marco Antonio Vinholi (secretario desenvolvimento regional do estado de São Paulo), Carlos Alberto Cruz Filho (presidente associação paulista municipios). (imagem: Cecília Bastos/USP Imagem)

O reitor da USP, Vahan Agopyan, ressaltou que “um dos grandes desafios das universidades no século 21 é mostrar para a sociedade que ela é um meio, é uma ferramenta de desenvolvimento. Nada melhor para demonstrar isso para todos do que a universidade atuar conjuntamente com os órgãos organizados da sociedade, nesse caso, o município de Ibitinga. Essa atividade faz parte das funções da universidade, da interação da universidade com a sociedade”.

Veja no vídeo abaixo um resumo das atividades realizadas em Ibitinga:

O USP Municípios tem como objetivo criar ambientes de inovação e pôr em prática projetos e ações que promovam o desenvolvimento de municípios e suas regiões, com a formação estratégica de qualificação profissional para os jovens e o fortalecimento das economias criativas.

O programa prevê o desenvolvimento de ações em seis áreas principais: geração de emprego e renda; atividades voltadas à educação e ao esporte; capacitação de gestores municipais; formação do cidadão; gestão de indicadores; e criação de ambientes de inovação.

Em Ibitinga, as atividades já começaram. No dia 1º de setembro, cerca de 30 alunos e docentes da Escola de Educação Física e Esporte (EEFE) e da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) promoveram, na praça Roque Ranieri, no centro da cidade, ações de integração esportiva, como caminhada, exercício funcional e dança. Com cerca de 70 mil habitantes, a cidade tem na indústria sua principal atividade econômica e é conhecida como a “capital nacional do bordado”.

 

Além disso, estudantes e professores do curso de Turismo da Escola de Comunicações e Artes (ECA) fizeram uma “expedição” à cidade para reconhecer pontos com potencial turístico e fazer um levantamento dos recursos naturais e culturais de Ibitinga. A proposta, a partir de agora, é desenvolver um plano diretor voltado, principalmente, para o incremento do turismo rural, religioso e ecológico.

Missão

“Conseguimos trazer a USP para a nossa cidade! Ibitinga é uma cidade bastante progressista e empreendedora. É uma estância turística e, com a USP, nossa expectativa é que criemos mais renda, mais trabalho. Ibitinga já tem a vocação do bordado, dos enxovais, e temos cinco rios que banham nosso município. Temos certeza de que a parceria vai dar certo e vamos tomar isso como uma missão, participando ativamente para que dê resultados”, comemorou a prefeita da cidade, Cristina Arantes.

“Esta é uma demonstração clara de que a USP sai de seus muros e chega aos municípios, com esse programa que incentiva a evolução cultural e econômica das cidades e, acima de tudo, no contato direto com os jovens que se preparam para entrar na vida acadêmica”, afirmou o presidente da Associação Paulista de Municípios, Carlos Alberto Cruz Filho.

Para o secretário estadual de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, o USP Municípios “é um projeto importante para o Estado de São Paulo. A Universidade avança contribuindo com os municípios. A mobilização da sociedade é importante para uma gestão municipal baseada em evidências, com planejamento e soluções no médio e longo prazo e com a excelência da USP. O governo do Estado apoia esta iniciativa”.

Saúde

Outra ação da Universidade já desenvolvida em Ibitinga passou a fazer parte do USP Municípios: a parceria da Prefeitura com a Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP), por meio de um convênio firmado entre as duas instituições em junho de 2017.

No próprio dia 2 de setembro, foram apresentados um diagnóstico e as propostas implementadas pela equipe da FMRP para a melhoria da qualidade e dos investimentos nos serviços de atenção básica à saúde na cidade. Dentre elas, está a utilização do aplicativo Prenacel, desenvolvido por pesquisadores da Faculdade, que oferece informações às gestantes e seus parceiros sobre os períodos pré-natal e pós-parto por meio de mensagens curtas de texto (SMS) pelo celular.

 

Pirassununga

Ibitinga é a segunda cidade a fazer parte do Programa USP Municípios. Em outubro do ano passado, o programa foi lançado em Pirassununga, com o objetivo de fortalecer o turismo e possibilitar que as cidades daquela região sejam classificadas como Municípios de Interesse Turístico (MIT) e recebam recursos, por parte do governo do Estado, para investimentos em infraestrutura turística.

No dia 29 de novembro de 2018, prefeitos, vice-prefeitos e secretários das prefeituras de Amparo, Atibaia, Campo Limpo Paulista, Itatiba, Jaguariúna, Mogi Mirim, Monte Alegre do Sul e Pedreira participaram de uma palestra para a apresentação do projeto.

Por Adriana Cruz – Por Jornal da USP