Startup se destaca ao desenvolver produtos a partir de células-tronco

Pluricell Biotech é pioneira no Brasil a trabalhar na área da medicina regenerativa com essa tecnologia

 

Células

As polêmicas e os potenciais das pesquisas utilizando células pluripotentes, as famosas células-tronco, já foram amplo tema de discussão na sociedade brasileira. O Momento USP Inovação desta semana conversou com Marcos Valadares, biólogo doutorado em genética humana e células-tronco pelo Instituto de Biociências (IB) da USP, que também é cofundador e CEO da startup Pluricell Biotech.

Segundo Valadares, a Pluricell Biotech é a única empresa no Brasil a trabalhar na área da medicina regenerativa com a utilização destas células-tronco induzidas à pluripotência. Ele conta que a iniciativa de formar a empresa aconteceu dentro da USP, em 2013, com a pesquisa de doutorado de um dos fundadores sobre esse tipo de células, realizada no Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP). A ideia era tornar prático e aplicável o conhecimento em que ambos estavam envolvidos na universidade.

A empresa está incubada no Centro de Inovação e Empreendedorismo e Tecnologia (Cietec), localizado dentro da USP, e Marcos Valadares conta que inicialmente decidiram focar em um mercado restrito, o acadêmico. Eles comercializavam células cardíacas para pesquisadores da Universidade, ou empresas que precisavam dessas células como reagente no desenvolvimento de outros produtos.

Atualmente a Pluricell Biotech está empenhada em desenvolver um produto de terapia celular. “O objetivo é que essa célula, produzida no laboratório, eventualmente no futuro seja colocada no coração de pacientes com problemas cardíacos. Isso teria um efeito imediato no paciente”, explica Valadares. Porém, ele pontua que o processo de elaboração do produto é longo, demorado e, por enquanto, ainda não há garantia de sucesso. Eles receberam investimento de uma das maiores indústrias farmacêuticas do País, a Libbs, e atualmente estão em fase de testes com grandes animais. O horizonte é positivo, porque o teste com pequenos animais indicou que as células se mantiveram no tecido cardíaco.

O potencial da tecnologia que a Pluricell Biotech trabalha é enorme e poderia ser elaborado para tratar individualmente cada pessoa. Entretanto o biólogo explica que um dos desafios da empresa é entregar um produto economicamente sustentável, e o tratamento individualizado seria extremamente caro.

Para acessar mais informações sobre a Pluricell Biotech você pode acessar o site deles neste link, ou o perfil na rede social LinkedIn.

Por  – Jornal da USP

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