Nanotecnologia aumenta eficácia de remédio contra a malária

Resultado da parceria entre USP e a Fundação Para Remédio Popular, nanocristais de Artemeter são mais solúveis

O Artemeter é um remédio utilizado para tratamento da malária, administrado normalmente em comprimido. Em uma parceria entre a USP e a Fundação Para Remédio Popular (FURP),  o fármaco foi produzido em forma de nanocristais, que são partículas muito pequenas, em escala nanométrica. Em entrevista à Rádio USP, a professora Nádia Araci Bou Chacra, do Departamento de Farmácia da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da USP, falou sobre a pesquisa.

Para Nádia, o principal desafio da pesquisa foi inovar e produzir um medicamento mais seguro e com maior eficácia. Um problema comum da indústria farmacêutica é a baixa solubilidade em água dos fármacos, o que dificuldade a absorção dos componentes do remédio quando o paciente o recebe de forma oral, como é o caso do Artemeter. A professora explica que o medicamento em nanocristais tem uma maior superfície de contato, o que traz consequentemente maior solubilidade e mais eficiência.

Apesar de a tecnologia não ser popular entre a população, a especialista comenta que sua utilização já é comum, como o Rapamune, medicamento utilizado para evitar a rejeição de órgãos transplantados. A farmacêutica ressaltou ainda a importância da parceria com a FURP, que permite que o remédio chegue até a população.

Ouça a matéria na íntegra – Rádio USP …

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