Criatividade, tecnologia e interdisciplinaridade. Durante cinco semanas esses foram os principais pontos trabalhados no HackaTruck MakerSpace. O programa, idealizado pela IBM Brasil, esteve na USP oferecendo um espaço inovador e oportunidades para desenvolver e instigar a programação dentro da universidade.
Depois de passar pela etapa EAD, os 56 alunos selecionados participaram do curso presencial que tem foco em desenvolvimento iOS para aplicativos móveis, com aplicação em Internet das Coisas (IoT). A tecnologia, crescente no mercado, age na automação e na transmissão de dados de objetos cotidianos. Um exemplo são luzes programadas para serem acesas antes do moradores chegarem em suas casas.
No caminhão, os estudantes tinham equipamentos à disposição, como impressoras 3d, para darem vida a suas criações. (imagem: Gabrielly Borges)
O curso presencial teve início no dia 19 de agosto e foi encerrado na última sexta-feira, dia 20 de setembro. No encerramento, os alunos apresentaram os projetos – que foram desenvolvidos por eles próprios em apenas uma semana – e concluíram o curso com êxito.
Viajando por todo Brasil com o curso, o instrutor do curso, Fabrício Sousa, comentou como foi a experiência na Universidade de São Paulo: “A USP, em particular, teve uma grande diversidade de cursos fora da área de TI. Tivemos matemática e jornalismo, por exemplo. Todos os alunos conseguiram entregar o projeto dentro do esperado. Foi uma satisfação imensa ter participado do curso aqui. Já estamos na estrada há um tempo, mas o pessoal da USP veio com soluções que agradam e vão agradar quem conhecer”.
Um dos projetos apresentados foi o MedKit, desenvolvido pelos alunos Murillo Hierocles Alves de Sá Teixeira, João Paulo Souza Flores, Vinícius (todos da Escola Politécnica da USP) e André Victor dos Santos Nakazawa (IME – Instituto de Matemática e Estatística da USP).
O produto criado une um aplicativo de acompanhamento no uso de medicamentos e uma caixinha inteligente que guarda e avisa a hora de tomá-los. “O curso foi muito proveitoso. Nós aprendemos várias tecnologias que nunca tínhamos tido contato antes e pudemos desenvolver um projeto nosso, vindo de uma ideia nossa”, disse Murillo. Seu parceiro de grupo, João Paulo, complementou: “Tivemos todo suporte do zero, então foi muito legal. É a nossa oportunidade de testar as coisas da formas mais prática possível, o mais próximo da realidade, do que só ficar na teoria.” André também falou sobre a questão da prática dentro da universidade: “Foi muito prática, acho que na USP não temos ainda tantas disciplinas assim. As disciplinas teóricas são muito importantes também, mas é legal ter a oportunidade de praticar. Então ter o oferecimento dessa oportunidade é muito bom.”
Um dos pontos interessantes do HackaTruck MakerSpace é que não é necessário ter conhecimento prévio de programação para participar do programa. Antes do curso presencial, todos os alunos passaram por uma preparação com aulas EAD que ensinava o básico da lógica de programação, assim ninguém ficava perdido e podia desenvolver seus projetos com propriedade.
Por Gabrielly Borges e Mariana Arrudas
