Big Bang: USPCodeLab

Computação é só mais um meio de comunicação, então se não soubermos nos comunicar por esta nova ferramenta, […] as pessoas vão ficar para trás, e isso não é legal. O legal é dar oportunidade para todo mundo.”

(imagem: Mariana Arrudas)

{USPCodeLab}

Durante muito tempo, os hackers foram vistos como pessoas que invadem computadores para um fim negativo. Entretanto,  o uso do termo nada mais é do que uma referência a quem usa o computador para pensar e desenvolver coisas criativas. Imerso nessa cultura, surgiu o USPCodeLab.

Após repaginação do IME Workshop, o USPCodeLab ganhou em 2017 o formato que tem hoje. Criado com a intenção de estimular a inovação tecnológica na USP, o grupo de extensão conta com um programa educacional chamado dev.jouney(), dividido em seis fases que abrangem desde o apoio para quem está sendo introduzido no mundo dos códigos até para quem procura orientação acadêmica.

O projeto passou por uma período de expansão no último ano. Hoje, existem três núcleos e cerca de 25 pessoas na equipe. Para consolidar este crescimento, em agosto acontecerá a primeira fase do InterHack. O evento será realizado simultaneamente nas três unidades: Butantã, São Carlos e USPLeste. A final está prevista para novembro.

Para o futuro, os membros do USPCodeLab pretendem crescer ainda mais. “Para 2020, queremos expandir para outros campi. Ribeirão Preto, Lorena, enfim. Queremos ser uma iniciativa da USP mesmo.”, disse João Francisco, presidente do USPCodeLab Butantã.

João Francisco, presidente do USPCodeLab Butantã e estudante de Ciências da Computação no IME-USP. (imagem: Gabrielly Borges)

Conheça as seis vertentes do USPCodeLab:

  • dev.learn(): oferecimento de cursos, tanto introdutórios quanto avançados, sobre tecnologias e ferramentas;
  • dev.boost(): organização de grupos de estudos para desenvolver projetos; trabalha com todo sistema de uma forma bem ampla, desde as interfaces até a parte mais lógica;
  • dev.hack(): planejamento e execução de hackathons;
  • dev.camp(): escola de férias;
  • dev.hire(): assessoria de carreiras para aproximar os alunos da universidade às empresas, desmistificando um pouco o que é este mercado de trabalho, e
  • dev.research(): aproximação ao meio acadêmico, focado na orientação de iniciações científicas e TCC’s para alunos da graduação.

(imagem: Mariana Arrudas)

{Quem participa}

As pessoas que mais procuram pelo USPCodeLab são aquelas ligadas às áreas das engenharias, computação e sistema de informações. O projeto, porém, é aberto para todos, tanto para a organização quanto para atividades promovidas. Eventualmente há restrições de participação em alguns eventos (como ser aluno da USP, por exemplo).

Para o público que nunca sequer viu um código, existem os cursos introdutórios, destinados a pessoas de cursos não técnicos e à comunidade externa. “Dedicamos bastante energia para tentar trazer gente de fora para o meio da computação, justamente porque o legal é dar oportunidade para todo mundo.”, afirma João.

Apesar dos alunos serem a parte mais ativa, eles não são os únicos a fazerem parte do projeto. Cada núcleo conta com um ou dois patronos orientadores, professores de extensão. No núcleo Butantã, os professores Alfredo Goldman e a professora Kelly Rosa, ambos do departamento de Ciência da Computação, exercem essa função. Já em São Carlos, quem norteia é professora Sarita Mazzini, também do departamento de Ciência da Computação. Na EACH, há o professor Daniel de Angelis Cordeiro, do departamento de Sistemas de Informação.

(imagem: Mariana Arrudas)

{Quem apoia}

Apesar de existirem algumas burocracias, os membros do USPCodeLab afirmam ter grande apoio de seus institutos, tendo contato direto com a equipe dos serviços gerais, da administração, do financeiro e até mesmo da direção. “As nossas realizações acontecem bastante devido ao apoio muito legal que temos no IME, e isso se manifesta em escala maior na USP. A pró-reitoria de pesquisa, por exemplo, que foi nosso primeiro contato, apoia o projeto com bolsas para desenvolvedores e para a própria presidência do grupo, além de auxílio financeiro para os eventos.”

A Agência USP de Inovação (AUSPIN) também está começando uma parceria com o grupo, incentivando as iniciativas e propondo novas ideias.

Para além da universidade, as empresas são fundamentais para o USPCodeLab. O apoio é colaborativo. “Tentamos aproximar esses dois universos que apresentam uma certa cisão entre si, um certo preconceito de ambos os lados. Só que muita coisa interessante se produz tanto na academia quanto no mercado.”, explica o presidente do grupo de extensão.

As parcerias acontecem não só na forma de patrocínio para a realização dos eventos. O projeto também leva as empresas para executarem algumas atividade dentro da universidade. Mais recentemente, o fluxo contrário também está sendo feito. Empresas como a Quinto Andar e Facebook têm recebido o grupo para noites de palestras e trocas de experiências entre funcionários e estudantes.

Se você se interessou no projeto, não deixe de se informar e participar. Basta entrar em contato com a equipe do USPCodeLab pela página do Facebook ou pelo Telegram.

Equipe do USPCodeLab em evento no Facebook, em 2019 (imagem: divulgação USPCodeLab)

Por Gabrielly Borges / Mariana Arrudas

No intuito de mostrar como são importantes e interessantes as iniciativas de alunos que acontecem dentro da universidade, a AUSPIN apresenta o projeto “Big Bang”. A cada 15 dias, mostraremos projetos, núcleos, empresas, grupos e tantas outras coisas que são produzidas pelos alunos, dentro da USP.

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